Wanderley Mascarenhas de Souza
Publisher Ícone
Overview: Na anatomia da criminalidade brasileira, o sequestro é uma atividade financeira em que ocorre menos riscos e se fatura muito dinheiro num pequeno lapso de tempo. Utilizando táticas de guerrilha, ações são cada vez mais audaciosas e contam com sofisticado apoio logístico, atingindo níveis incontroláveis em determinados estados. Isto representa atualmente um risco de vida imediato para um número cada vez maior de pessoas, destacadamente os grandes empresários. Contudo, já é alta a estatística policial de casos onde os seqüestrados são da classe média e os valores dos resgates se limitam a bens móveis.
Evidencia-se, desta maneira, que o sequestro já é um fato comum, coisa de nosso dia-a-dia, e que as sequelas causadas às vítimas são de proporções muito maiores do que possa parecer.
Aliado a esses aspectos, há um agravamento da situação quando ocorre a divulgação desorientada do seqüestro, o envolvimento de pessoas despreparadas e o aparecimento de “heróis” oportunistas.
É sob este prisma que se faz necessário radiografar o sequestro e compreender que a primeira defesa é conhecer profundamente que tipos de pessoas o fazem, suas motivações, objetivos, técnicas e organizações; em segundo plano, é importante saber conhecer o risco de vir a ser uma futura vítima desta modalidade de crime e, por fim, como administrar claramente o evento chamado “cativeiro”.