Mario dos Santos Moreira, Juliano de Carvalho Lima, Simone A. Borges Oliveira
Fundação Oswaldo Cruz
Résumé: Todo gestor público, independentemente de seu nível de atuação, deve ter como compromisso a aplicação dos recursos públicos a partir dos objetivos estratégicos e prioridades estabelecidas pela Alta Administração para gerar resultados que criem valor para a sociedade. Estes resultados, também devem ser comunicados para os diversos públicos com base em informações integras e de forma transparente.
Entretanto, constitui um desafio definir o quanto de risco uma instituição pública que atua no campo complexo da ciência, tecnologia e inovação em saúde, como é o caso da Fiocruz, deve aceitar no processo de tomada de decisão, visando o melhor desempenho na prestação de serviços públicos à sociedade.
Naturalmente, estas instituições estão mais expostas a riscos complexos e dinâmicos, dada as características intrínsecas dos processos de inovação e produção de conhecimento em saúde frente as necessidades ( muitas vezes urgentes) de saúde da população em um país em desenvolvimento, com sistema universal, grande desigualdade social e educacional, e de dimensão continental como o Brasil. E são inúmeras as disfunções burocráticas do aparato estatal executivo atual vis-à-vis a esta dinâmica da inovação em saúde. Superar este desafio, não se dá sem o alinhamento aos princípios de Governança Pública, essenciais a sustentabilidade das instituições públicas. Mas, principalmente não se dará, sem a modernização do aparato estatal e priorização do fortalecimento das capacidades estatais para gestão das políticas públicas de interesse social, semelhante ao investimento realizado pelo Estado para o desenvolvimento de capacidades estatais para o controle.