IBCG
Résumé: As organizações deparam-se cada vez mais com temas como sustentabilidade, corrupção, fraude, abuso nos incentivos de curto prazo para executivos e investidores, ética nos negócios e reputação. Cada um destes temas traz embutidos em si a noção de risco, cujo gerenciamento é parte do que as organizações precisam para obter lucros, realizar objetivos importantes, criar valor e, principalmente, ter uma existência longeva. O conceito atual de risco no mundo corporativo envolve a quantificação e a qualificação da incerteza, sendo sua administração um elemento chave para a sobrevivência das companhias e demais entidades 1. De acordo com o estudo Norton Cyber Security Report, em 2017, apenas no Brasil, os crimes cibernéticos causaram prejuízos de cerca de 22 bilhões de dólares. Neste mesmo ano, 62 milhões de brasileiros foram vítimas de cibercrime, o que representa 61% da população adulta conectada no país. O Brasil é o segundo país que mais perdeu financeiramente com ataques cibernéticos, atrás apenas da China. É nesse sentido que esta edição do Análises e Tendências convida o leitor a entender a importância de prevenir e monitorar adequadamente esses riscos, de forma que estejam incorporados no processo decisório e na cultura da corporação. Somente dessa forma será possível identificar o nível dos riscos que a empresa está disposta a incorrer para atingir seus objetivos estratégicos. Mais grave do que vivenciar um risco e ter um acidente é não saber quais são os riscos que uma organização pode sofrer e não ter um plano para gerenciá-los. Essa publicação traz artigos que colocam a importância de a organização contar com uma função de gestão de riscos, além de contar com uma estrutura de controles internos e processos de monitoramento e gestão.