FIESP
Résumé: Com o propósito de avançar no debate, o Anuário de Mercados Ilícitos FIESP, desde 2016, faz um mapeamento de nove setores da indústria e apresenta os dados sobre o tamanho e o impacto da economia criminal no estado de São Paulo.
Composta pela demanda e oferta de produtos e serviços ilícitos, a economia criminal é um complexo e lucrativo mercado, cujos impactos afetam diretamente o setor produtivo – indústria e comércio – por meio da perda de receitas, empregos, investimentos, entre outros.
Neste sentido, é importante conceituar que a economia criminal é constituída não apenas pelas atividades típicas como contrabando e pirataria, mas também por outros tipos penais como roubos, furtos, corrupção, lavagem de dinheiro, que em muitos níveis sustentam parte de uma cadeia produtiva ilícita.
O Anuário limita-se aos dados do estado de São Paulo, porém a economia criminal não possui fronteiras.
Uma das principais características é, além da presença em toda extensão territorial, a transnacionalidade das atividades, seja nos processos operacionais logísticos, ou em financiamentos e movimentações monetárias.
Portanto, a formulação de estratégias de combate aos mercados, perpassa diferentes áreas do setor público e do setor privado. Dada a força e a expansão das atividades ilícitas, faz-se necessária a compreensão das cadeias de comercialização, distribuição e vendas destes produtos e serviços.
Dessa maneira, dois dos grandes desafios ao lidar com os mercados ilícitos transnacionais são: a identificação da existência destes e ramos de atuação; e a mensuração do tamanho e do impacto dessas atividades na economia legal.
O Anuário de Mercados Ilícitos FIESP é organizado em quatro capítulos que atendem diferentes aspectos do trabalho. Assim, o primeiro passo para solução destes desafios é conceituar o que são esses mercados e a forma de tratá-los.