Wanderley Mascarenhas De Souza, Márcio Santiago Higashi Couto, Valmor Saraiva Racorti, Paulo Augusto Aguilar
Maison d’édition Ícone
Résumé: Ao longo dos anos, a segurança pública no Brasil vive constantes mudanças de procedimentos na sua área de técnicas policiais voltadas para o atendimento de ocorrências específicas, que envolvem reféns localizados, ameaças de suicídios, atiradores ativos, detentos em revolta — provocando rebeliões com reféns —, ameaças e ataques envolvendo artefatos explosivos, combate ao crime organizado — que atua em roubos a carros-fortes, agências bancárias e empresas de transporte de cargas ou outros tipos de eventos semelhantes. Essas ocorrências criam as mais diversas situações, obrigando, de imediato, a instituição policial a realizar o protocolo adequado para responder e solucionar a ocorrência com uma resposta satisfatória. Os norte-americanos usam o termo law enforcement, que podemos traduzir como forças de aplicação da lei. Como no Brasil não costumamos utilizar esse termo mais abrangente, utilizaremos o termo “polícia”, genericamente, para indicar as forças de segurança pública, tanto as polícias no nível federal quanto polícias estaduais, civis e militares, além das guardas municipais e as forças armadas, quando em operações de garantia da lei e da ordem (GLO). Diante da diversidade dos fatos, existe a necessidade de a instituição policial realizar constantemente ações norteadoras de capacitação e qualificação técnico-profissional, que possibilitem ao policial realizar tarefas capazes de identificar situações críticas e executar de maneira técnica os procedimentos recomendáveis para a organização de um cenário de crise e seu correto atendimento e sua correta resolução. Além disso, deve haver a preocupação com a aplicação correta do procedimento sistemático pós-ocorrência, que possibilite um estudo de caso, de cunho técnico-científico, com dados e informações, objetivando mostrar as falhas e os acertos dos policiais envolvidos na ocorrência e buscar novas maneiras para atualizar o protocolo de ações em eventos dessa natureza. O processo de marginalização, que vem se agravando assustadoramente, leva parte da população à prática de atos antissociais e de ilícitos penais diversos, nos quais vidas humanas são sacrificadas, fruto do enfrentamento entre marginais e policiais.