Tratados sobre Terrorismo

Tratados sobre TerrorismoMinistério Público Federal

Résumé: Embora o uso sistemático do terror como estratégia de ação remonte à antiguida-de, sua estreia na agenda internacional deveu-se a atentados protagonizados por novos sicários: os movimentos separatistas, revolucionários, genocidas e supremacistas que ocuparam as manchetes de jornais nas décadas de 1970 a 1990. Nas palavras de Brian Jenkins, nascia aí o terrorismo transnacional, em que, reagindo aos avanços tecnológicos e à explosão da influência da mídia, “os terroristas cruzam fronteiras para atacar, escolhem alvos por suas conexões com Estados e desviam aviões para outros países”.
A manhã de 11 de setembro de 2001 mudaria para sempre esse cenário. Nenhuma iniciativa com tamanha envergadura simbólica, operacional e letal ocorrera até então, nem tivera tamanho êxito na difusão de pânico generalizado. Da noite para o dia, cida-dãos em todo o mundo deram-se conta de sua vulnerabilidade diante do inimigo – um algoz invisível, imprevisível, capaz de tirar a própria vida para satisfazer a sua ambição universal. A ocasião também trouxe à tona os riscos à segurança inerentes aos avanços da pós-modernidade, como a instantaneidade dos meios de comunicação, locomoção e movimentação financeira, a dependência digital e o acesso a armas de destruição em massa.
Nos anos que se seguiram, os atentados em Bali, Madri, Londres, Mumbai, Jacarta, Peshawar, Ancara, Paris e Baga, entre tantos que se espalharam mundo afora, consolidariam a percepção de que o terrorismo representa a maior ameaça à segurança do século XXI.

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